Aconteceu comigo mesmo
1982, as placas dos carros eram cor de laranja, e na placa de tráz havia uma plaquinha pequena, que era trocada de ano em ano, quando a gente fazia o licenciamento.
São José, estrada dos tamoios, indo pro litoral no chevetinho vermelho emprestado pelo meu tio.
Polícia rodoviária a 500 metros.Apreensão
Mandaram encostar e a gente gelou, com medo de levar uma geral.
O Ten Gonçalves era caxias. Além do seu equipamento normal, levava na cintura, numa bainha de couro, sua faca pessoal.Faca de caçador, era o seu toque especial do estilo gambé mais fodão que os outros.
- Desce todo mundo! Seu carro está apreendido!
- Mas por que?
- Seu carro não está licenciado. Cadê os documentos?
Fudeu biela!!
Mas quando fui pegar os documentos no porta luvas, ví que a plaquinha estava alí. Peguei e fui mostra-la para o gambé.
- Mas vai ter que trocar.
-Mas tá tudo em ordem, e eu não tenho ferramenta.
Por isso que eu falei da faca. O Ten Gonçalves, orgulhosamente, sacou de sua faca de estimação, e me permitiu usá-la para fazer a troca. Cuidadosamente inseri a faca pela parte inferior da plaquinha, e forçei para fora num movimento de alavanca.
Fui forçando lentamente até que.. PLEC! , a faca se partiu, PUTA QUE PARIU!
Ficou tão puto que tirou a faca (o cotoco) da minha mão, fêz o serviço e me mando sumir, antes que ele usasse o cotoco em mim.
2 Comentários:
História simples, mas muito bem escrita.
Nõ é engraçada que nem a do cone, nem campeã que nem a do beque na casa do presidente, mas oi texto é ótimo.
Adorei. Coitado do gambé e seu cotoco.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial