4ªB

Este é um blog sobre o polêmico filme 4ªB. Um filme rodado sem dinheiro, dentro de uma sala de aula com vários pais fumando maconha. Várias lendas foram criadas sobre o filme e muitas delas são verdadeiras. Cabe agora resgatarmos tudo que existe por trás dessa história.

segunda-feira, março 13, 2006

A Delicada Policia de SP

Não sabia do concurso, senão já teria escrito. Nem é pra concorrer porque eu já tenho o DVD...rs... mas vale pela história.

To eu lá, 15 aninhos ( e na minha época isso era moleque de tudo mesmo ), voltando do clube atrasado, com medo da mãe que tinha mandando eu chegar até cinco horas e já eram seis e meia. Correndo, só de calção de futebol, havaianas e a mochila carregando o uniforme, toalha e o escambau.

Ponto de ônibus lotado e eu passo correndo no meio de todo mundo, quase derrubando uma senhora. O povo começa a xingar, eu já uns metros pra frente ainda faço sinal de "cu" com a mão. ( sim, na minha época não se levantava o dedo... usava-se o sinal de "ok" americano que era uma ofensa braba...rs... ).

Dou de frente com uma baratinha da polícia ( pra quem não conhece, um fusquinha preto e laranja ) e escuto: "pára aí, o moleque. Mão pra cabeça e escosta na parede". Enquanto um descia do carro o outro falava que estavam dando uma geral num possível trombadinha que estava assaltando no ponto de ônibus. Me revistou e perguntou de quem eu tinha pego a bolsa, mostrando para o pessoal do ponto que se apressou em dizer que eu não tava roubando, não. Um senhor se proximou e disse que eu apenas tinha empurrado as pessoas, passado correndo e tal, mas que estava tudo certo.

O filho da puta abriu a mochila e começou a tirar tudo e jogar no chão. Aí pediu meus documentos. Abri o zíper ao lado da mochila e peguei minha carteira de identidade. Na minha época cobrave-se muito a carteira de trabalho. Era ela que comprovava que o cara não era vagabundo e aliviava com a polícia. Então, o folgado pega a carteira, olha, vira pra mim e diz: "Isso não é documento... cadê a carteira de trabalho?". E eu mais folgado ainda, respondo: "Eu não trabalho... se quiser documento eu só tenho esse". O gambé: "Isso aqui todo mundo tem, moleque... isso é documento de bandido." E eu pra finalizar: "Bom eu tirei na delegacia, se é de bandido, é na delegacia que tão dando." Não sei dizer exatamente quantas frações de segundo demorou para as costas da mão dele se encontrar com a minha bochecha direita. E nem quantos outros segundos demorou pra eu ficar com o lábio do "Homem Elefante".

A sorte foi que o pessoal do ponto de ônibus se revoltou, começou a xingar os "homi" e pedir pra me soltarem. Ele então atirou a mochila na minha cara, mandou eu recolher meu bagulhos rapidinho e sair andando sem olhar para trás. Obviamente eu dei um jeitinho de espiar a placa da baratinha antes de sair andando.

Ao chegar em casa acabei escapando da bronca da minha mãe, o que foi uma vantagem porque, fatalmente, era bem capaz do prejuízo ser pior com a surra dela...rs... Mas eo me ver com a boca daquele tamanho e sangrando, ela ficou horrorizada. Quando eu contei o que estava acontecendo, ela imediatamente ligou para meu tio, delegado, pai de um juiz e um promotor, meus "priminhos" e contou o ocorrido, passando pra ele hora, local e placa da viatura.

Mas aí já é outra história que fica pra outro dia...rs...

Ithamar Lembo

2 Comentários:

Às ter. mar. 14, 03:05:00 PM , Anonymous Anônimo disse...

O que seria de nós se não tivessemos sempre um tio , primo ou vizinho que é delegado, ou juiz, ou coronel...

 
Às qui. mar. 16, 02:43:00 PM , Anonymous Anônimo disse...

Bom, eu sei o que seria de nós sem titios delegados pois já fui em cana porque um gambé achou uma ponta, que nem sequer era minha, no porta-luvas do meu carro. Um dia conto essa historia e quem sabe ganho o dvd...
abçs

 

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